sábado, 21 de maio de 2016

GRAU DE FURCA

 
 
FURCA:
Furca é uma característica anatômica única dos dentes multirradiculares, sendo definida como a área entre as raízes onde estas começam a se separar do tronco radicular.
Quando a doença periodontal atinge esse nível, tem-se o envolvimento ou lesão de furca, caracterizado pela reabsorção óssea e perda de inserção no espaço inter-radicular.

LESÕES DE FURCA
Fatores predisponentes:

(1)Anatomia ou Morfologia Radicular e tamanho da furca
(2)pérola e projeções cervicais do esmalte(CEP)
(3) Canais acessórios
(4)Furca/CEJ
(5)Trauma oclusal
(6)Fatores Iatrogênicos

Os molares respondem menos favoravelmente à terapia periodontal e apresentam um maior risco de serem extraídos quando comparados a outros
tipos de dentes.

A grande taxa de mortalidade observada em molares mandibulares e maxilares é, em parte, explicada pela presença da furca. Quando esses dentes são afetados pela destruição do periodonto de suporte, a configuração anatômica peculiar da região de furca e a localização distal dos dentes no arco são fatores que comumente aceleram a progressão da doença.

FATORES QUE INFLUENCIAM OS DEFEITOS DE FURCA:
Morfologia do dente afetado
Posição dos dentes com relação aos dentes adjacentes
Anatomia local do osso alveolar
Configuração de defeitos ósseos
Presença e extensão de outros problemas dentários (carie, necrose pulpar)

ÍNDICES DO ENVOLVIMENTO DE FURCA (Glickman, 1953)
GRAU 1 – estágio inicial ou incipiente da lesão, bolsa supra-óssea, sem alterações radiográficas
GRAU 2 – componente horizontal aumentado. Pode afetar uma ou mais furcas no mesmo dente.
GRAU 3 – lado a lado, evidência radiográfica
GRAU 4 – osso interdental destruído e retração de tecidos moles

DIAGNÓSTICO
CLÍNICO: SONDA DE NABERS
RADIOGRÁFICO
 
 
 

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Os termos mais usados na odontologia  


Cirurgia (Extrações e outras cirurgias orais de menor porte).
Entre os procedimentos cirúrgicos:
Alveoloplastia: Intervenção cirúrgica para dar forma ao rebordo ósseo e prepará-lo para o suporte ósseo.
Apicectomia: Remoção de uma parte da raiz que apresente lesão que não pode ser curada por tratamento de canal. Em alguns casos é necessário fazer uma obturação do ápice do dente. 
Exodontia simples de dente decíduo (de leite) e permanente: Extração de dentes que erupcionaram normalmente.
Exodontia de dente incluso ou impactado (remoção de dentes retidos): Dente que se encontra aprisionado no interior do tecido ósseo dos maxilares, e por algum motivo não erupcionou.
Exodontia de dente semi-incluso: Extração de dente que não erupcionou totalmente e possui alguma parte ainda alojada no tecido ósseo. 
Exodontia de Raiz Residual: Retirada de restos de raízes presas dentro do tecido ósseo ou presos à gengiva.
Frenectomia: Remoção de inserções musculares que possam estar atrapalhando o posicionamento de dentes ou confecções de próteses só que diretamente relacionadas ao músculo que faz as inserções labiais ou linguais. 
Reconstrução do sulco gengivo-vestibular: Cirurgia realizada para aumentar a altura do bordo ósseo.
Clínica geral: Tratamentos de cirurgia, radiologia, endodontia, dentística restauradora, periodontia.
Dentística: Obturações e restaurações em dentes.
Procedimentos da Dentística:
Restauração em Amálgama: recomposição de forma e função do dente. É  recomendado para dentes posteriores. Realizado com a utilização de um composto de limalha de prata, cobre e mercúrio. 
Restauração em resina auto e fotopolimerizável: Consiste na recomposição da forma e da função do dente com material da mesma cor, permitindo uma restauração estética em dentes anteriores. Para isso, é utilizado um composto a base de quartzo ou endurecida sob ação de luz. 
Diagnóstico: Exame bucal e elaboração do plano de tratamento.
Endodontia: Tratamento de canais.


Para entender os procedimentos em Endodontia:
Pulpotomia: remoção de parte da polpa (nervos e vasos sangüíneos) dos dentes de leite e permanentes. Nos dentes permanentes, o procedimento é realizado quando ainda não houve formação de toda a raiz. 
Tratamento de canal de dentes permanentes unirradiculares (de uma raiz), birradiculares (com duas raízes) e multirradiculares (três ou mais raízes): remoção do tecido da polpa (nervos e vasos sangüíneos) do interior do dente (coroa e raízes), limpeza e preenchimento com material de obturação. 

Tratamento pulpar em dente permanente e pulpectomia: remoção de toda a polpa do dente (artérias, veias e nervos).

Periodontia: Tratamento de gengivas e tecidos de suporte.
Para entender os procedimentos em Periodontia:
Gengivite com ou sem sangramento: raspagem e higienização da placa bacteriana que se forma em torno do dente, provocando ou não, sangramento.
Raspagem/polimento coronário e radicular: remoção de placas bacterianas e polimento de dentes e restaurações.

Radiologia:  Realização de radiografias.
Procedimentos de Radiologia:
RX bite-wing: usado para pesquisa da cárie e da articulação dos dentes superiores com os inferiores, por região. 
RX periapical: usado para pesquisa de focos dentários. É realizado um, para cada elemento dentário, quantas vezes forem necessárias.
RX Panorâmico: Usado para se ter uma visão geral do complexo da boca e a interligação com suas estruturas adjacentes, tais como seios maxilares, cavidades nasais e as suas possíveis implicações.
RX de ATM: Utilizada para se ter uma avaliação do Articulação têmporo mandibular ( articulação da mandíbula com o resto do crânio) e seus possíveis problemas
Documentação Ortodôntica: Conjunto de exames composto por radiografias, fotos e análises das estruturas ósseas do individuo que oferece informações ao profissional para determinar o melhor tratamento ortodôntico a ser efetuado, normalmente é realizado em clinicas especializadas.
Próteses:  São dentes confeccionados em laboratório para substituir dentes perdidos
Coroa: Substitui a coroa do dente , que á a parte visível do mesmo, pode ser confeccionada em diversos materiais.
Núcleo: quando ocorrem perdas muito acentuadas de estrutura dental existe, por vezes, a necessidade de criação de uma estrutura de fixação para a coroa. O núcleo cumpre a função de preenchimento no dente e será fixado comumente  no conduto radicular (canal) após tratamento endodôntico.
Prótese total: mais conhecida como  dentadura, substitui de forma artificial a dentição perdida do paciente
Prótese parcial removível (PPR):substitui de forma artificial a dentição  perdida do paciente, quando o mesmo ainda possui alguns dentes em sua boca. normalmente é sustentada por grampos de metal discretos.

Procedimentos Preventivos:
Aplicação de selante e profilaxia
:  material usado na face da mastigação dos dentes permanentes de crianças até 14 anos a retirada da placa bacteriana, para prevenir o aparecimento da cárie. 
Aplicação tópica de flúor: aplicação de flúor nas superfícies do dente, para tornar o esmalte mais resistente à cárie. 

ATM, DTM, TMJ e Disfunção: O que é?


       O termo A-T-M, antigamente designado, Articulação Temporo Mandibular, foi atualmente substituído por Algias por Tensões Musculares (denominação dada, pelo Prof. Dr. JJ Barros). Também é chamado de DTM ou D-ATM (Distúrbio Temporo Mandibular), DOF (Dor Oro Facial) ou TMJ – termo em inglês (que significa Temporomandibular Joint Disorders) e, refere a uma série de fatores, que podem comprometer músculos, ligamentos e articulações, podendo gerar dores, que podem irradiar para cabeça, olhos, ombros, pescoço, braços, peito, abaixo das mamas; dificuldades de abrir ou fechar a boca, estalos ou crepitações, tontura, vertigem ou zumbido no ouvido (sintomas semelhantes a labirintite), entre diversos outros sintomas.

A Articulação Temporo Mandibular:

       Existe uma articulação temporo mandibular, de cada lado da cabeça, a frente do ouvido e elas são responsáveis, pelos movimentos da mandíbula (como o de protrusão, retrusão, abertura, fechamento ou lateralidade). 
       É possível localizar as articulações, colocando os dedos indicadores, à frente dos ouvidos e fazendo movimentos, de abertura e fechamento da boca. Quando elas estão sensíveis ao toque ou apresentam dor, crepitações ou estalos, limitações no movimento da boca, pode ser indicativo, de sintomas e disfunções, na ATM.
       A articulação temporomandibular, como outras articulações do nosso corpo, é "amortecida" por um disco (disco articular, antigamente chamado de menisco articular), evitando assim que exista um contado direto, entre as estruturas ósseas e possibilitando o movimento da mandíbula. O "bom estado" do disco articular, reflete diretamente, no bom funcionamento da articulação.
       Nunca devemos movimentar a mandíbula para os lados, com a boca aberta, isso fatalmente poderá gerar estalos (mesmo, em uma articulação sã), podendo prejudicar a articulação.

Posição de conforto. O que é?:

       No encontro dos dentes superiores e inferiores, se eles não estiverem nessa posição, acabam desequilibrando os músculos, articulações e ligamentos, podendo levar, a vários sintomas, que melhoram,quando recuperamos, essa posição perdida.

Sintomas:

       Devido a diversidade de sintomas, causados, por esse problema, dividimos esses sintomas, de acordo com a causa, dos sintomas e também, dos problemas de disfunção, na própria articulação temporomandibular (que podem ser muscular, articular ou emocional) mas, que normalmente, não são a causa real, desses sintomas.
       Lembramos também, que uma pessoa, pode ter um só sintoma ou ter, vários sintomas, ao mesmo tempo. Por isso é importante, que passe por uma consulta, para uma melhor avaliação, dos sintomas relacionados, a ATM ou DTM.

       A maioria, desses sintomas, com essa causa, são tratados, sem a utilização de remédios, cirurgia ou restrições alimentares.

A) Sintomas de causa muscular:

       1- Certos tipos de barulhos ou zumbido no ouvido.
       2- Sensação de ouvido tampado, dor no ouvido. Diminuição auditiva, sensibilidade auditiva ou dificuldades, no entendimento, de certos sons, mais graves ou agudos.
       3- Tontura, atodoamento, atordoamento ou vertigem, sensações de desmaio, podendo levar a queda ao chão, sem motivo aparente, chamados de labirintite.
       4- Dores de cabeça, que podem ser constantes ou intermitentes (como nas enxaquecas, cefaleias ou migrâneas) ou sensação de pressão na cabeça.
       5- Dores ou estalos ao movimentar o pescoço, dores nos ombros, braços, ou na nuca. Parestesia (adormecimento, na ponta dos dedos).
       6- Sensação de aperto ou imcômodo, ou que alguma coisa está enroscado, na garganta.
       7- Fotofobia (aversão a luz - ele procura ficar, em ambientes escuros ou usar óculos escuros), dores nos olhos, vista embaçada, a pálpebra treme.
       8- Dores no peito (levando a pensar, em problemas cardíacos), imcômodo, embaixo dos seios.
       9- Enjoos ou vômitos.
       10- Limitação de abertura da boca (quando essa limitação, é de origem muscular).
       11- Certos casos de nevralgia, do trigêmeo.
       12- Alterações patológicas ou originados por trauma, nos músculos da face.

B) Sintomas de origem articular:

       1- Estalos, crepitações ou barulhos, nas articulações (cabeça articular da ATM).
       2- Luxação ou sub luxação, da articulação temporo mandibular.
       3- Problemas patológicos ou originados por trauma articular.
       4- Sintomas de dor, de origem articular (podendo causar dor reflexa no ouvido).
       5- Estalo no pescoço ao movimenta-lo, para os lados.
       6- Limitação de abertura ou fechamento, ou desvios, na abertura, quando a origem é articular (como nos caso das artroses - desgaste da cabeça da articulação, por exemplo).
DTM, disfunção

       Ao lado, uma radiografia de uma articulação da ATM, com osteo artrose – desgaste da cabeça da articulação e a figura, dentro dela representa, como deveria estar essa articulação, sem o desgaste.
       Por isso o tratamento tem que ser, logo que sentir algum sintoma, procurando evitar problemas futuros.

c) Outros tipos de sintomas:

       Emocionais, como a sensação de estar meio aérea (distante da realidade) ou como a cabeça, fosse um balão ou dificuldade de se concentrar, nos afazeres.
       1- Alterações posturais, da coluna cervical.
       2- Hábitos e vícios parafuncionais, profissionais ou emocionais (como o bruxismo ou Briquismo).
       Obs.: o paciente pode apresentar, diversos sintomas, de origem muscular e não ter nada, nas articulações.
       Os dentes são responsáveis, pelo perfeito equilíbrio dos músculos, das articulações e dos ligamentos. Podemos ter, um paciente com um lindo sorriso, mas os dentes, podem não estar, na posição de conforto, podendo gerar um desequilíbrio dento-músculo-articular, levando a diversos sintomas.
       Porém não só uma alteração no disco articular ou nos dentes é que poderão causar problemas, mas também inúmeros fatores, dentre eles os psicológicos, que levam a hábitos parafuncionais, dentre os quais podemos destacar.

Hábitos parafuncionais:

       * Roer unhas ou remover cutículas com os dentes;
       * Mastigar de um só lado;
       * Chupar ou morder o dedo, objetos e alimentos duros;
       * Vícios de língua;
       *Apoiar a mão sob o queixo, enquanto estuda, trabalha ou ao dormir 
       * Dormir com travesseiro muito alto ou muito baixo ou de bruço;
       * Briquismo (habito de apertar os dentes durante o dia);
       * Bruxismo (habito de apertar os dentes á noite ) e
       * Stress e ansiedade.

Hábitos profissionais:

       * Apoiar com o ombro o telefone, de encontro ao ouvido;

* Praticar esportes, como natação, posicionando a mandíbula de maneira incorreta ao respirar;
   * Posicionamento do queixo incorreto do violonista ao usar o instrumento; 
       * Tocadores de instrumentos de sopro;
       * Segurar com os dentes alfinetes de costura, clipes de papel, caneta ou lápis;

       Também podemos ter sintomas de alteração na ATM, por origem traumática:

       * No caso de acidente de transito com colisão traseira; 
       * Acidentes com batida na região do queixo;
       Além de causar dores de cabeça, pode causar tontura (chamada de labirintite), aparecimento de zumbidos ou dores próximas ao ouvido e torcicolos; levando o paciente a procurar profissionais, de diversas áreas (como otorrinonolarigologistas, neurologista, ortopedista, entre outros). Isso ocorre, devido a proximidade da articulação e os músculos que participam da mastigação, com diferentes órgãos do corpo humano (como dor no ouvido, dores reflexas no pescoço, braços e peito, por exemplo). 
       É importante que seja diagnosticado a etiologia de maneira correta, afim de que possa ser feito um tratamento adequado a casa paciente. O tratamento, muitas vezes é multidisciplinar, sendo normalmente efetuado por profissionais de diversas áreas da odontologia e também, quando necessário, com o auxílio de profissionais de outras áreas da saúde, devido a infinidade de fatores causais.


Diagnóstico:

      O exame de diagnóstico, que é feito por nós, para os sintomas, com essa origem ou não, é feito já na consulta inicial e não traz nenhum incômodo, para o paciente.

Tratamento:

       O tratamento para os sintomas, de causa ligamentar - muscular, visa restabelecer “o reequilíbrio muscular perdido” e, com isso, a remissão dos sintomas e é efetuado sem o uso de remédio, restrições alimentares, exercícios fisioterápicos, que possam trazer algum incômodo, para o paciente”.

O que posso fazer para reduzir, os meus sintomas?
     
       Dicas: pratique atividades de lazer, como academia, andar ou ler um livro que traga, coisa boas para você. Yoga, também é bom. Massagem circular, com os dedos, na região da dor e bolsa de água morna. Isso pode ajudar, enquanto não possa comparecer, para uma consulta. Evite, a auto medicação, sem saber a origem, de seus sintomas.       

Sintomas emocionais, tensionais ou de origem nervosa:

       São sintomas que aparecem ou pioram em situações emocionais, de estresse ou ansiedade, por exemplo (alguns até foram orientados, a procurarem, tratamento psicológico) mas, pode ter uma causa física, não emocional, para que esses sintomas, apareçam ou piorem, um problema muscular. Ao se eliminar, essa causa física-tensional, esses sintomas, desaparecem.

Zumbido dentro do ouvido:

       Os zumbidos, em alguns casos, podem ser relacionados aos músculos da face e da válvula do ouvido.São aqueles, que variam de intensidade, ao mastigar os alimentos ou quando abrimos a boca, por exemplo. A causa, é relacionado aos músculos das válvulas, que regulam a pressão interna do ar, dentro do ouvido. Também, o músculos que estão sobre tensão, perto do ouvido, podem gerar os sintomas de zumbido no ouvido e de ouvido tampado. Podemos perceber essa válvula se abrindo, quando vamos engolir a saliva, por exemplo e ouvimos um barulho, nos ouvidos.
       Normalmente, para o tratamento desses sintomas, com essa causa, não precisamos utilizar medicamentos, evitando assim os efeitos colaterais, que muitos dele apresentam. 
       Quando os dentes não estão na posição de conforto, desequilibra músculos, articulações e ligamentos, gerando uma série de sintomas.
      Ao restabelecemos a .posição de conforto perdida, e eliminamos os hábitos ou vícios parafuncionais, do paciente, há o reequilíbrio muscular, ligamentar e articular e, os sintomas, normalmente regridem.

       O tratamento odontológico dos problemas da DTM ou ATM, é através da colocação, de um aparelho móvel (placa reposicionadora de mandíbula), visando aliviar rapidamente a dor, relaxar a musculatura facial e de outras partes do corpo, fazendo que se haja um posicionamento adequado, dos músculos e das articulações, para que possamos ter uma visão, do tratamento específico, para cada caso (como próteses, desgastes seletivos ou ortodontia, por exemplo)

Exemplos de problemas:

       1) Dificuldade de fechar ao abrir muito a boca. De vez em quando ela trava e não não se consegue fechá-la ou fecha ou abre a boca, com dificuldade.
       Pode ter tratamento (através de uma avaliação do paciente e radiografias, já se consegue saber qual é o tratamento, ideal, para cada caso).
       2) Barulho ou dor, que parecem que vem de dentro do ouvido, quando mastigo ou abro e fecho a boca.
       Normalmente o paciente com sintomas relacionados, relata que ao movimentar a mandíbula, ouve barulhos (chamados de estalos ou crepitações) ou também, dependendo da intensidade, pode ser ouvido, por pessoas, que se encontram perto dele, ao se alimentar, por exemplo.
       Também, podem sentir dores que parecem que vem de dentro do ouvido (mas na realidade vem a frente do ouvido, nas articulações). Só o estalo ou crepitação, já é indicativo de problemas e, se não tratado precocemente, pode levar a uma intervenção cirúrgica.
       Obs: Existe outro tipo de barulho, que são os zumbidos no ouvido, que podem ou não, serem originado da musculatura da face, o que pode ser vistos, através do exame clínico. Mesmo, não sendo essa origem, existem outros tratamentos, para esses problemas.
       Estalo, é um barulho semelhante ao estalar, os dedos.
       Crepitação é um som semelhante ao de um papel, sendo amassado ou de uma dobradiça enferrujada. Pode indicar uma alteração física,nas articulações.
       3) Sintomas e dentes tortos (com perda, da posição de conforto). Devemos fazer o tratamento, com placas?
       Sim, deve, pois agindo assim, poderemos fazer um melhor planejamento dessas correções dentárias, visando a melhor posição de conforto, para a articulação dos dentes e dos músculos. Avaliado, a necessidade do tratamento ortodôntico, pode-se fazer o tratamento ortodôntico, em conjunto com o uso da placa, alternando o uso da placa e o tratamento ortodôntico, em cada arcada, afim de manter os dentes na posição de conforto e o paciente, sem sintomas.
       Obs: Nos casos que o pacientes apresentam, sintomas e disfunções e já estão usando, aparelhos ortodônticos fixos, pode-se tratar da ATM, com placas e depois prosseguir, com o tratamento ortodôntico, com a redução dos sintomas.
       4) Pacientes, que usam próteses (dentaduras, ponte móvel ou ponte fixa). A troca das próteses, por novas, pode melhorar o problema?
       Devemos tratar, dos sintomas antes e depois fazer, as próteses novas.
       5) Tirar todos os dentes e colocar dentaduras, os sintomas podem passar?
       Pode não passar, os seus sintomas. Pacientes, que usam dentaduras, podem também, terem problemas e sintomas, devido aos dentes da dentadura, não estarem na posição, de conforto. 

terça-feira, 10 de maio de 2016

Classificação das classes de restaurações em dentistica 


A classificação na realidade é feita sobre as cavidades existentes, ou cavidades a serem restauradas ou substituídos os materiais. A classificação mais usada foi criada por Black e leva seu nome:







Cavidade Classe I: Oclusal









Cavidade Classe II: Oclusal com envolvimento proximal










Cavidade Classe III: superfície interproximal dos dentes anteriores









Classe IV: Com envolvimento de ângulos incisais, tipo fratura




Cavidade Classe V: superfície vestibular(da frente) próximo a gengiva

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Dados dos cirurgiões-dentistas dentro do território Brasileiro

Prévia do “Perfil Atual e Tendências do Cirurgião-Dentista brasileiro”
Ministério da Saúde e Observatório de RH em Odontologia da FO-USP divulgam primeiros resultados da pesquisa iniciada em agosto de 2008 e que deverá estar concluída em dezembro.
Publicação “Perfil Atual e Tendências do Cirurgião-Dentista brasileiro” será lançada em janeiro de 2010.
Veja a íntegra do documento divulgado no dia 15 de outubro pelo Departamento de Gestão da Educação na Saúde do Ministério da Saúde e Observatório de Recursos Humanos em Odontologia da FO/USP.
O banco de dados dos Conselhos de Odontologia, gerenciado pelo CFO, teve uma participação importante na pesquisa, que contou com dados fornecidos também pela Receita Federal, Capes-MEC e IBGE, entre outros.
“A Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo – FOUSP criou, em 2006, o OBSERVATÓRIO DE RECURSOS HUMANOS ODONTOLÓGICOS DA FOUSP – OBSERVARHODONTO e sua ESTAÇÃO DE PESQUISA DE RECURSOS HUMANOS EM SAÚDE BUCAL , integrando a ROREHS e sendo a única, da América Latina, voltada especificamente para os estudos sobre Recursos Humanos em Odontologia.
A Rede Observatório de Recursos Humanos em Saúde do Brasil (ROREHS) é uma iniciativa do Ministério da Saúde em conjunto com a OPAS/OMS. Compõe um projeto de âmbito continental da OPAS, já implantado em diversos países das Américas. O propósito geral da Rede é propiciar o mais amplo acesso a informações e análises sobre recursos humanos de saúde no País, facilitando a melhor formulação, acompanhamento e avaliação de políticas e programas setoriais, bem como regulação social dos sistemas de educação e trabalho no campo da saúde. O propósito geral da rede é produzir estudos e pesquisas na área de recursos humanos em saúde, a fim de contribuir para o desenvolvimento da área. É composta por Estações de Trabalho formadas por Instituições de Ensino, pesquisa e serviço, sendo interligadas pela OPAS/OMS.
O objetivo do OBSERVARHODONTO é realizar pesquisas sobre os recursos humanos odontológicos no campo da gestão, formação e regulação das profissões e ocupações de saúde bucal no Brasil, por meio do:
•Monitoramento dos aspectos demográficos, políticos e sociais da oferta e da demanda da força de trabalho do setor da Odontologia, acompanhando e analisando as relações de trabalho e emprego no setor da saúde bucal,
•Acompanhamento, análise e orientação do desenvolvimento das estratégias e metodologias de formação e capacitação de recursos humanos de saúde bucal;
•Desenvolvimento de estudos, metodologias e indicadores que possibilitem a avaliação da eficiência, eficácia e efetividade do trabalho em saúde bucal;
•Acompanhamento das demandas da regulação do exercício profissional e das ocupações na área da saúde bucal, em especial dos Técnicos em Higiene Bucal (THD) e dos Atendentes de Consultório Odontológico (ACD).
Nome do projeto em divulgação: “Perfil Atual e Tendências do Cirurgião Dentista brasileiro.”
Data de desenvolvimento da primeira etapa: Agosto de 2008 a Dezembro de 2009.
Divulgação dos dados finais na primeira etapa da pesquisa com a publicação do livro em janeiro de 2010
Entidades Promotoras:
• Ministério da Saúde (MS) – Departamento de Gestão da Educação na Saúde,
• Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) e
• Observatório de Recursos Humanos em Odontologia (OBSERVARHODONTO)- FOUSP
Entidades participantes:
• Conselho Federal de Odontologia – CFO
• Associação Brasileira de Odontologia – ABO Nacional
• Associação Brasileira de Ensino Odontológico – ABENO
• Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas – APCD
• CAPES/Representação da área de Odontologia
• Ministério da Saúde/DEGES e Coordenação Nacional de Saúde Bucal
Resumo
A pesquisa teve como objetivo levantar e articular as informações existentes em bancos de dados isolados de diversas fontes, traçando uma linha de base com um conjunto de informações sobre o Cirurgião-Dentista (CD) brasileiro. Pretende saber quantos são, onde estão, qual o grau de formação, qual a renda e tipo de exercício profissional desenvolvido pelos CD no país. Além disto, foi elaborada uma análise das tendências no perfil sócio-demográfico, da formação técnico-científica e do mercado de trabalho. Os dados vão contribuir para o planejamento e a implementação das políticas de formação e inserção profissional no campo da saúde bucal nas suas múltiplas áreas de atuação.
Estratégia de Trabalho
As reuniões de trabalho das entidades foram realizadas por meio de videoconferências, conectando mensalmente, desde setembro de 2008, pontos em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Londrina. Além disso, ocorreram reuniões presenciais para a elaboração inicial e final do projeto
Sobre a estratégia de trabalho adotada
 1. O uso de videoconferência como estratégia de trabalho reduz substancialmente os custos de obtenção das informações.
2. A utilização de dados já obtidos pelas entidades acelera a produção da informação
Esta é a primeira etapa de uma grande pesquisa.
3. O trabalho colaborativo e articulado das entidades permitiu a identificação de lacunas no processo de coleta e o aperfeiçoamento do conjunto de informações dos bancos de dados.
Mensagem chave
Os dentistas, em conjunto com médicos e enfermeiros, constituem o núcleo básico de profissionais de nível superior das equipes de saúde da família. Estudos anteriores traçaram informações sobre médicos e enfermeiros. A pesquisa envolveu bancos de dados que possuem informações sobre os cerca de 220.000 cirurgiões-dentistas registrados no Conselho Federal de Odontologia. O Brasil tem um efetivo de dentistas entre os maiores do mundo, mas a distribuição interna é desigual. A fixação de profissionais no interior do país, e a formação voltada para atender o conjunto da população são os principais desafios. O estudo deverá construir e analisar um banco de dados entre os maiores existentes na área no mundo. A etapa subseqüente aprofunda o detalhamento das questões levantadas e expande as informações aos profissionais de nível técnico e médio na área.
Fontes de consulta
Cadastro do CFO, Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde- DATASUS, Censo da Educação Superior-MEC, DATACAPES-MEC, Cadastro da Receita Federal-MF, dados populacionais do IBGE, CEP-Correios, Cadastro da ABO, APCD e ABENO.

Participaram da elaboração deste documento:
Ana Estela Haddad – Diretora do DEGES- MS
Maria Ercília de Araújo – Coordenadora do OBRHS-USP
Maria Celeste Morita- Pesquisadora Responsável- Universidade Estadual de Londrina
Grupo de trabalho:
Ana Estela Haddad – Diretora do Depto de Gestão da Educação na Saúde/Ministério da Saúde
Isabela A. Pordeus – Representante da área Odontologia/CAPES
Gilberto Pucca Junior – Representante do Depto de Atenção Básica/MS
João Humberto Antoniazzi – Representante da APCD
Luciano Mauricio Sampaio Barreto – Gerente de Tecnologia da Informação – CFO
Luiz R.Craveiro Campos-Vice-Presidente da ABO nacional
Maria Celeste Morita – Pesquisadora Responsável do estudo -UEL
Maria Ercília de Araújo – Coordenadora do OBRHO-USP
Miguel Álvaro Santiago Nobre – Presidente do CFO
Silvio J. Cecchetto – Presidente da APCD
Orlando Ayrton de Toledo – Presidente da ABENO

Perfil Atual e Tendências do Cirurgião-dentista brasileiro
Antecedentes:
1º curso de Odontologia no Brasil: criado em 25 de outubro de 1884 no Rio de Janeiro e Bahia.
Lei que regulamenta a profissão:  LEI 5.081 DE 24/08/1966
Total de profissionais:  219.575 Cirurgiões-Dentistas, em 10/2008
Contexto: cerca de 20% do total mundial de CDs.

Idade dos CDs Brasileiros
-  A maior parte (55%) dos CDs no Brasil tem menos de  40 anos de idade, ¼ tem menos de 30 anos.
Sexo
- Mulheres são maioria na profissão em 25/27 estados brasileiros. Há 40 anos eram 10% do total, hoje esse percentual  é de 56%.
Renda
- Renda média cresce de 2003 a 2007.  Maior crescimento se dá na faixa que possui renda entre 48.000-60.000 reais/ano.(4.000-5.000 reais/Mês).
- Mais de 60% declaram renda superior a 24.000/ano (2.000 reais/ Mês).
- Renda é maior nos estados do Norte do país.
Mercado
Autônomos – 2/3 são autônomos – cerca de 140.000
Emprego em Serviços Públicos de Saúde, em expansão:
Equipes de Saúde Bucal no PSF: em 2003, 6.170; em 2008, 18.482
-  1/3 do total de profissionais estão cadastrados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde com algum vínculo em serviço público – cerca de 70.000
- Aumento do número de registros no CFO em 2007 em relação aos concluintes do curso de Odontologia revela reaquecimento da profissão
*Os concluintes, em geral,  se inscrevem  no Conselho no ano subseqüente.
Distribuição Regional
- ¾ dos Cirurgiões-Dentistas estão concentrados no Sudeste e Sul do país. O estado de São Paulo tem 1/3 do total de CDs brasileiros.
- A proporção de população por profissional está entre as menores do mundo (1 cirurgião-dentista para cada 838 habitantes), mas as disparidades regionais  são  enormes. Há municípios onde essa relação é de 1 CD para 65.000 habitantes e outros com menos de 1 cirurgião-dentista para 171;
Local de Graduação e Migração Interna
- Estados como Roraima, Acre e Amapá são considerados receptores de profissionais;
- O local de graduação tem forte relação com o local de exercício profissional (86% se inscrevem no mesmo estado ).
- 12% migraram para outro estado depois de iniciada a atividade profissional.
Estrangeiros
- Há 3.245 profissionais estrangeiros legalmente registrados no país em 2008.
- 1/3 vem da América do Sul e, destes, a nacionalidade mais freqüente é a  boliviana.
Graduação
Número de cursos de Odontologia: 197
De 1991 a 2008: crescimento de 137%
Taxa de Ocupação de vagas em 2008: 69%
Matrículas em 2008 (alunos cursando): 48.752, sendo 65% em instituições de ensino superior (IES) privadas
Sudeste concentra 52 % dos cursos
(Fonte: CES/MEC )
Pós-Graduação
19 especialidades reconhecidas pelo CFO
Novas especialidades (reconhecidas em 2002): RADIOLOGIA ODONTOLOGICA E IMAGINOLOGIA, DISFUNCAO TEMPORO-MANDIBULAR E DOR-OROFACIAL, ODONTOLOGIA DO TRABALHO, ODONTOLOGIA P/ PACIENTES C/ NECESSIDADES ESPECIAIS, ODONTOGERIATRIA, ORTOPEDIA FUNCIONAL DOS MAXILARES
Total de especialistas: 53.679 (25% do total de CDs)
Distribuição Geográfica
- 49% nas capitais. Em 18 estados a concentração nas capitais é superior a 60%.
- Sudeste concentra 56% do total de especialistas do país
Especialidades que possuem o maior número de profissionais
- Ortodontia: 11.778 profissionais registrados
- Endodontia: 9.120 profissionais registrados
Menor número de especialistas entre as 10 especialidades mais freqüentes
- Saúde Coletiva  1.430 profissionais registrados
Mestres e doutores na Área de Odontologia
Número de programas:  84
Saúde coletiva como programa ou área de concentração: 13
 Localização:
SP, MG e RJ juntos possuem 75% dos programas de Mestrado e Doutorado . Estado de São Paulo: 62%
Titulados
Alunos matriculados (em formação) em 2007
Mestrado profissional: 380 (período 1998 a 2007); 1400 (período 2000 a 2007)  
Mestrado acadêmico: 1398 (período 1998 a 2007); 5.692 (período 2000 a 2007)  
Doutorado: 1245  (período 1998 a 2007); 2.266  (período 2000 a 2007)   
Total: 3.023 (período 1998 a 2007); 9.358 (período 2000 a 2007)   

Fonte: CAPES-MEC e Perfil atual e tendências do Cirurgião-Dentista brasileiro, 2009.”

Dados referentes a 2009*